ANOS 50 – TRANSIÇÃO PARA O MODERNO – DA VERA CRUZ A RIO 40 GRAUS
Há uma tendência em se dividir o percurso histórico do cinema brasileiro em ciclos e fases. Dentro dessa divisão, os anos 50, a grosso modo, são os anos dos estúdios, nos quais, além de uma vertente de filmes populares e baratos, havia o segmento mais “profissional”, que busca padrão de qualidade técnica. Também ficou estigmatizada em alguns círculos como a década negada em textos e entrevistas pelos cabeças do Cinema Novo, vinculada, mesmo entre muitos críticos até hoje, à vulgaridade das chanchadas e ao artificialismo industrial da Vera Cruz. Por esse prisma, ou se fazia o pão e o circo, ou o produto para exportação, abrasileirando Hollywood. Mas nada é tão dicotômico, assim, em um processo cultural. A produção dos anos 50, em sua totalidade e em seus segmentos, não foi homogênea, tampouco está desconectada dos momentos anteriores e posteriores do cinema brasileiro.
Alguns destes filmes farão parte da programação do 2 Cineop. O conjunto deles nos dá maior clareza sobre o contexto e o processo histórico, mostrando na tela que, antes do Cinema Novo, já havia sede de maior contato com a vida. Seria essa produção uma espécie de proto-Cinema Novo, como se tende a ser vista de maneira retroativa, quase sendo colocada como “preliminares dos 60”, ou ela tem de ser vista em seu próprio contexto, o cinema brasileiro dos anos 50, que carrega suas próprias tensões e contradições? Pois uma das meta da 2ª Cineop é trazer à tela e à discussão, esse período muitas vezes subestimado.
Há uma tendência em se dividir o percurso histórico do cinema brasileiro em ciclos e fases. Dentro dessa divisão, os anos 50, a grosso modo, são os anos dos estúdios, nos quais, além de uma vertente de filmes populares e baratos, havia o segmento mais “profissional”, que busca padrão de qualidade técnica. Também ficou estigmatizada em alguns círculos como a década negada em textos e entrevistas pelos cabeças do Cinema Novo, vinculada, mesmo entre muitos críticos até hoje, à vulgaridade das chanchadas e ao artificialismo industrial da Vera Cruz. Por esse prisma, ou se fazia o pão e o circo, ou o produto para exportação, abrasileirando Hollywood. Mas nada é tão dicotômico, assim, em um processo cultural. A produção dos anos 50, em sua totalidade e em seus segmentos, não foi homogênea, tampouco está desconectada dos momentos anteriores e posteriores do cinema brasileiro.
Alguns destes filmes farão parte da programação do 2 Cineop. O conjunto deles nos dá maior clareza sobre o contexto e o processo histórico, mostrando na tela que, antes do Cinema Novo, já havia sede de maior contato com a vida. Seria essa produção uma espécie de proto-Cinema Novo, como se tende a ser vista de maneira retroativa, quase sendo colocada como “preliminares dos 60”, ou ela tem de ser vista em seu próprio contexto, o cinema brasileiro dos anos 50, que carrega suas próprias tensões e contradições? Pois uma das meta da 2ª Cineop é trazer à tela e à discussão, esse período muitas vezes subestimado.
Há uma tendência em se dividir o percurso histórico do cinema brasileiro em ciclos e fases. Dentro dessa divisão, os anos 50, a grosso modo, são os anos dos estúdios, nos quais, além de uma vertente de filmes populares e baratos, havia o segmento mais “profissional”, que busca padrão de qualidade técnica. Também ficou estigmatizada em alguns círculos como a década negada em textos e entrevistas pelos cabeças do Cinema Novo, vinculada, mesmo entre muitos críticos até hoje, à vulgaridade das chanchadas e ao artificialismo industrial da Vera Cruz. Por esse prisma, ou se fazia o pão e o circo, ou o produto para exportação, abrasileirando Hollywood. Mas nada é tão dicotômico, assim, em um processo cultural. A produção dos anos 50, em sua totalidade e em seus segmentos, não foi homogênea, tampouco está desconectada dos momentos anteriores e posteriores do cinema brasileiro.
Alguns destes filmes farão parte da programação do 2 Cineop. O conjunto deles nos dá maior clareza sobre o contexto e o processo histórico, mostrando na tela que, antes do Cinema Novo, já havia sede de maior contato com a vida. Seria essa produção uma espécie de proto-Cinema Novo, como se tende a ser vista de maneira retroativa, quase sendo colocada como “preliminares dos 60”, ou ela tem de ser vista em seu próprio contexto, o cinema brasileiro dos anos 50, que carrega suas próprias tensões e contradições? Pois uma das meta da 2ª Cineop é trazer à tela e à discussão, esse período muitas vezes subestimado.
HOMENAGEM
Nelson Pereira dos Santos