ITAÚ CULTURAL PLAY EXIBE FILMES DA 20ª CINEOP COM HOMENAGEM A MARISA ORTH

Publicado em 30 jun 2025

No mês em que comemora quatro anos, a plataforma recebe oito curtas-metragens da Mostra Histórica e da Mostra Contemporânea da 20ª Mostra de Cinema de Outro Preto.

Um deles é A origem dos bebês segundo Kiki Cavalcanti (São Paulo, 1995), de Anna Muylaert, que traz no elenco a atriz e comediante Marisa Orth, personalidade homenageada pela Mostra

Até 13 de julho, a Itaú Cultural Play, plataforma de streaming gratuita do cinema brasileiro, exibe uma seleção de filmes da 20ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. A curadoria reúne oito curtas-metragens, dois da Mostra Histórica, que, neste ano, propôs uma incursão pela comédia nacional sob a perspectiva das mulheres, e seis da Mostra Contemporânea, com filmes que trazem imagens de arquivo e fazem experimentações em torno da memória.

A janela de exibição da 20ª CineOP integra a programação especial de aniversário da Itaú Cultural Play, que completa quatro anos neste mês de junho. Até 16 de julho, ampliando o alcance dos festivais para todo o Brasil, a plataforma ainda recebe filmes do 17º In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical, da 8ª Parada de Cinema – Mostra de Cinema Brasileiro Contemporâneo, do 29º Cine PE – Festival do Audiovisual e do 14º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

O acesso à Itaú Cultural Play é gratuito, disponível em www.itauculturalplay.com.br, nas smart TVs da Samsung, LG, Android TV e Apple TV, nos aplicativos para dispositivos móveis (Android e iOS) e Chromecast. Você também pode encontrar conteúdo da IC Play nas plataformas Claro TV+ e Watch Brasil.

O humor delas
No ano em que completa 20 anos de existência, a CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto dedicou sua Mostra Histórica à comédia brasileira feita pelas mulheres, estejam elas na frente ou atrás das câmeras. Em um campo historicamente dominado por homens, as mulheres enfrentaram diversos desafios para ocupar esse espaço e transformar a linguagem cômica em uma poderosa ferramenta de resistência, subversão de estereótipos e ampliação das possibilidades narrativas. Em sinergia com esse tema, a homenageada da edição deste ano é a atriz e comediante paulistana Marisa Orth, artista multifacetada conhecida pelos papéis nas telas e nos palcos.

Da Mostra Histórica, a plataforma recebe dois curtas-metragens, um deles estrelado por Marisa Orth. Trata-se de A origem dos bebês segundo Kiki Cavalcanti (São Paulo, 1995), de Anna Muylaert. Essa comédia de costumes aborda a vida amorosa de um casal não muito apaixonado, sob a perspectiva inocente e divertida de sua filha de seis anos, Kiki Cavalcanti – cuja mãe é interpretada por Marisa.

O outro curta-metragem é Alfazema (Rio de Janeiro, 2019), de Sabrina Fidalgo. Durante o carnaval, a protagonista, Flaviana, enfrenta um dilema inusitado: como se livrar de um amante que se recusa a sair de seu chuveiro? Nas margens do cinema de humor comercial, o filme propõe uma reflexão debochada sobre o próprio ato de filmar e representar.

A curadoria da Mostra História é de Cleber Eduardo e Juliana Gusman, que também assinam o recorte exibido na IC Play.

Reconstruções temporais
A Itaú Cultural Play ainda recebe seis curtas-metragens documentais da Mostra Contemporânea, que fazem uso das imagens de arquivo e experimentam procedimentos formais diversos em torno da memória e do passado. A curadoria dessa seleção é de Camila Vieira, curadora responsável por todos os curtas-metragens da Mostra Contemporânea.

O documentário capixaba Suá, a praia que sumiu (2025) resgata a história de uma praia, localizada em uma comunidade de pescadores com ricas manifestações culturais ancestrais, em Vitória, capital do Espírito Santo, que foi aterrada nos anos 1970 em nome do “progresso”. O filme questiona a narrativa oficial da época, que celebrava o feito, e busca desconstruí-la a partir de uma nova montagem que revela as consequências dessa
intervenção.

Afluente (Rio de Janeiro, 2024) é um ensaio fílmico que analisa a transformação do rio São Francisco em fonte de eletricidade. Utilizando arquivos de imagens de meados do século XX e filmagens mais atuais, o documentário apresenta as diversas formas como o rio foi retratado, prevalecendo a visão de um recurso a ser explorado. No entanto, o filme mostra que essa perspectiva não é a única possível e traz vozes que propõem outras temporalidades e escutas do entorno, além de reinterpretar o próprio arquivo fílmico. O projeto nasceu da pesquisa de doutorado do diretor Fred Benevides na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e é montado com uma variedade de materiais, desde fotos e cinejornais em película até registros em 16mm, Super-8 e formatos digitais.

Em O que fica (Santa Catarina, 2024), a dupla de diretores Daniel Edu Mayer e Fabiane Bardemaker Batista nos transporta para as ruínas de uma escola abandonada no interior de Santa Catarina. Um retrato sensível do êxodo rural, o filme convida à reflexão sobre o que permanece em meio à desolação: móveis quebrados, poeira e memórias.

Fortaleza liberta (Ceará, 2024), por sua vez, investiga a narrativa por trás do quadro homônimo, exposto no Museu do Ceará, que retrata o dia da abolição da escravatura na capital cearense, em 1883. Essa obra de arte serve como ponto de partida para os diretores Natália Maia e Samuel Brasileiro questionarem as lacunas e omissões na representação histórica do evento.

Um breve respiro democrático (Rio de Janeiro, 2024), de Rafael de Luna Freire, é um registro histórico que nos leva a 1946, ano em que o Partido Comunista Brasileiro pôde participar das eleições. Com imagens inéditas de Luís Carlos Prestes e Carlos Marighela, capturadas pelo cinegrafista Esdras Baptista entre o fim do Estado Novo e o recrudescimento da repressão aos políticos comunistas, o curta-metragem contou com o trabalho de restauro do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual (Lupa) da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Por fim, A nave que nunca pousa (Paraíba, 2025), de Ellen Morais, acompanha o cotidiano de uma comunidade quilombola no sertão paraibano, sobre a qual pairam, no céu, naves estranhas. Os moradores precisam lidar com as consequências dessa visita enigmática, que parece uma história de ficção científica.

SERVIÇO
Seleção de filmes da 20ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto
Até 13 de julho na Itaú Cultural Play
www.itauculturalplay.com.br

SINOPSE DOS FILMES

A origem dos bebês segundo Kiki Cavalcanti
De Anna Muylaert (16 min, São Paulo, 1995)
Classificação indicativa: A12 – Violência e linguagem imprópria
Sinopse: Comédia de costumes sobre a vida amorosa de um casal não muito amoroso, visto pela ótica infantil de sua filha de seis anos, Kiki Cavalcanti.

Alfazema
De Sabrina Fidalgo (25 min, Rio de Janeiro, 2019)
Classificação indicativa: AL – livre
Sinopse: É carnaval e Flaviana vive um difícil dilema: como se livrar do amante que se recusa a sair de seu chuveiro?

Suá, a praia que sumiu
De Thais Helena Leite (13 min, Espírito Santo, 2025)
Classificação indicativa: A10 – Temas sensíveis
Sinopse: Em um bairro de pescadores com manifestações culturais ancestrais, uma praia foi aterrada em nome do progresso nos anos 1970 e a propaganda oficial convenceu a população local de que foi um grande feito. O filme busca desconstruir essa narrativa a partir de uma nova montagem.

Afluente
De Frederico Benevides (30 min, Rio de Janeiro, 2024)
Classificação indicativa: AL – livre (violência)
Sinopse: Ensaio fílmico que examina o processo de “redução” do rio São Francisco à eletricidade. Através de arquivos de imagens de meados do século XX e filmagens do século XXI, diferentes modulações da imagem do rio são apresentadas, prevalecendo aquelas nas quais o rio é visto como recurso. Essa visão, porém, não é a única possível, como evidenciam a emergência de vozes capazes de criar outras temporalidades e escutas de seu entorno, assim como a remontagem do próprio arquivo fílmico.

O que fica
De Daniel Edu Mayer e Fabiane Bardemaker Batista (9 min, Santa Catarina, 2024)
Classificação indicativa: AL – livre (temas sensíveis)
Sinopse: O que fica em meio às ruínas? Móveis quebrados? Poeira? Memórias? Uma escola abandonada e as lembranças de quem já não está mais lá. Um retrato do êxodo rural, no interior de Santa Catarina, e as consequências do tempo.

Fortaleza liberta
De Natália Maia e Samuel Brasileiro (17 min, Ceará, 2024)
Classificação indicativa: AL – livre (temas sensíveis)
Sinopse: Ao retratar o dia da abolição da escravatura em Fortaleza, no ano de 1883, o quadro Fortaleza liberta perpetua uma narrativa de apagamentos. A partir de múltiplos olhares para a imagem, o filme reflete sobre quem está dentro e fora do quadro da história.

Um breve respiro democrático
De Rafael de Luna Freire (5 min, Rio de Janeiro, 2024)
Classificação indicativa: AL – livre (violência)
Sinopse: Em 1946, o Partido Comunista Brasileiro pôde disputar as eleições. Com imagens inéditas de Luís Carlos Prestes e de Carlos Marighela, registradas pelo cinegrafista Esdras Baptista, entre o fim do Estado Novo e o aumento da repressão aos políticos comunistas.

A nave que nunca pousa
De Ellen Morais (15 min, Paraíba, 2025)
Classificação indicativa: AL – livre
Sinopse: Estranhas naves pairam sobre uma comunidade quilombola no sertão da Paraíba. Os moradores locais precisam lidar com as consequências desse acontecimento, que mais parece uma história de ficção científica.

INFORMAÇÕES 

Toda a programação é gratuita e pode ser consultada  no site oficial.

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SERVIÇO

20ª CINEOP – MOSTRA DE CINEMA DE OURO PRETO25 a 30 de junho de 2025 

Centro de Artes e Convenções da Ufop

Praça Tiradentes

Cine- Museu da Inconfidência


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